domingo, 19 de maio de 2013

Um brinde às diferenças (Euétheia)

E os sons agora somem
tomam de mim minha sanidade
elucubro sobre o que foi
o que fui e o que serei

A voz aguda grita!
e agora para.
leve, eu digo mentiras
e sussurro esquecidas palavras

somos o ser do agora
e eu vivo com todos dentro de mim
viajo a longe numa estrada tórpida
e minhas próximas palavras serão:

Dor, Dor e
DOR!

mas vai e volta
e corrói meus dons
e me faz alguém temido
EU ME TEMO!
EU ME TEMO!

EU ainda estou aqui dentro,
mas nada mais faz sentido

SENTIDO.
SEM TIDO.
SENTI DÓ.
SEM TI.

Livre. livramento de Deus.
                      e dos meus.
                       e dos seus.
                   e dos nossos.
e dos todos que queremos ser.

AAAAAAAAAARGH!

- AONDE ESTOU?
- Está aqui.
- AQUI AONDE?
- No seu lugar. No NOSSO lugar. E sós. Como sempre.
                Como sempre.

A palavra dita
é fraca.
então eu GRITO!

Grito o FIM do ser humano!
Grito o FIM do ser honesto!
Grito o FIM deste poema!

e o fim de todos nós.

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