E os sons agora somem
tomam de mim minha sanidade
elucubro sobre o que foi
o que fui e o que serei
A voz aguda grita!
e agora para.
leve, eu digo mentiras
e sussurro esquecidas palavras
somos o ser do agora
e eu vivo com todos dentro de mim
viajo a longe numa estrada tórpida
e minhas próximas palavras serão:
Dor, Dor e
DOR!
mas vai e volta
e corrói meus dons
e me faz alguém temido
EU ME TEMO!
EU ME TEMO!
EU ainda estou aqui dentro,
mas nada mais faz sentido
SENTIDO.
SEM TIDO.
SENTI DÓ.
SEM TI.
Livre. livramento de Deus.
e dos meus.
e dos seus.
e dos nossos.
e dos todos que queremos ser.
AAAAAAAAAARGH!
- AONDE ESTOU?
- Está aqui.
- AQUI AONDE?
- No seu lugar. No NOSSO lugar. E sós. Como sempre.
Como sempre.
A palavra dita
é fraca.
então eu GRITO!
Grito o FIM do ser humano!
Grito o FIM do ser honesto!
Grito o FIM deste poema!
e o fim de todos nós.
Nenhum comentário:
Postar um comentário