sábado, 2 de março de 2013

Que noite horrível para nos sentirmos horríveis


A alvura do papel me assusta
Me liberta de tristes amarras
Mas barra na ponta da minha caneta
Todo o meu estoque de palavras

Em branco posso ser Rei
Como posso ser roto
Posso escrever sobre o que sei
ou sobre o saber do outro

Mas sempre enfrentando
As barreiras deste branco
Que não vem do papel, mas de mim
e da minha vida de festim

Mas enfim, vomitar
Versos sobre Amar

E mesmo que doa
E o Amor já tenha partido
Há sempre alguma palavra que soa
Sem sentido.

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